João Azevêdo só tem uma saída: reverter as perdas com uma jogada de mestre; ou vai ser comido no coco...

Por Wellington Farias
Qual será a jogada de mestre que o governador João Azevêdo poderá dar na sequência dos lances mais recentes no xadrez da política da Paraíba?!

Sim, porque não há outra saída para que João - candidato à reeleição - pelo menos para ele poder respirar aliviado; a sua cota de equívocos de articulação política já está praticamente esgotada.

Quando se imaginava que a sequência de perdas políticas acumuladas pelo governador já havia terminado, nesta quarta-feira (30) apareceu um nó molhado para ele desatar: o Grupo Ribeiro, que se imaginava ser aliado fiel a João Azevêdo, sinalizou que não é bem assim. Ou seja: estamos com o governador, mas depende...

 

Condição

O Grupo Ribeiro meteu o pé no pescoço de João Azevedo: a prioridade é Aguinaldo, e não João; e Aguinaldo só aceitará disputar o Senado na chapa governista se toda a base aliada – lideranças e partidos – se comprometer com este projeto.

É aí onde a porca torce o rabo: o partido Republicanos, que tem como filiados algumas das lideranças mais expressivas da política paraibana, é da base aliada de João Azevêdo, mas apoia a pré-candidatura do de Efraim Filho ao Senado. Efraim rompeu com João Azevêdo e deve anunciar uma composição com Pedro Cunha Lima (PSDB) pré-candidato a governador do Estado.

Os Ribeiros deixaram para dar a voadora no governador só depois que Efraim Filho anunciou o rompimento com ele.

 

Fraco

O problema é que o governador João Azevêdo não soube se fazer uma liderança; é fraco, não tem pulso; não apita na sua base aliada, pelo menos naquilo que é mais importante para o seu projeto político.

Imediatamente após o deputado Efraim Filho se lançar candidato ao Senado, lideranças e partidos da base desafiaram a autoridade de João: vamos apoiá-lo para a reeleição, mas já estamos apoiando Efraim, independente do que o governador achar.

Um líder com L maiúsculo não admite esse tipo de comportamento. Chama o feito a ordem. Um Cássio Cunha Lima, um José Maranhão ou um Ricardo Coutinho, jamais admitiriam tal insubordinação às suas lideranças.

Pessimamente orientado na política - e certamente inebriado pelo bafejo bajulatório da corte – o governador do Estado perdeu o prumo.

João não tem outra saída, a não ser dar um lance genial capaz de reverter toda a onda negativa que se abate sobre a sua pré-candidatura.

Do contrário, vão comê-lo no coco...

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