Cícero, Efraim pai, Aguinaldo, João Azevêdo, Galdino. Tudo esclarecido!

Por Eliabe Castor
A temporada de especulações políticas já foi iniciada há muito em solo paraibano. Mas seguindo a linha metafórica pautada em “Jack, o Estripador”, pseudônimo mais conhecido para designar um famoso assassino em série não identificado que atuou na periferia de Whitechapel, distrito de Londres, que esquartejava prostitutas com a precisão anatômica das incisões só praticadas por um médico, os “cortes” vindos da navalha na carne dos desdobramentos políticos da Paraíba merecem ser bem analisados, e não postados como uma mera influência de alguma bola de cristal.  

Agora vamos “cortar”, esquartejar, debulhar, como Jack para identificar  fato ou fake. Primeiro: o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (Progressistas), foi para uma refeição em algum restaurante situado em Filipeia de Nossa Senhora das Neves no último domingo (08). Lá, por todo um acaso, encontrou o ex-senador Efraim Morais (União Brasil). E a granada foi lançada, pois o chefe do Executivo pessoense é adversário político daquele que estava no mesmo recinto.  

E aí a festa da mídia começou, pautando-se em um possível rompimento envolvendo Cícero e o governador João Azevêdo (PSB), algo irreal, pois uma coisa é ser adversário, outra inimigo. Mero acaso. Não há diáspora.  E como são eles (Morais e Lucena) agentes públicos, na pauta, imagino eu, a conversa não  girou no siri-patola ou na lagosta servida na mesa ao lado.  

 É claro! O assunto – ou prato principal – foi servido pela política. Nada de acordos ou alguma coisa do gênero. E a coluna foi buscar a veracidade do casual encontro. E as teorias da conspiração foram despidas. Dois homens públicos que se encontraram em um restaurante. Apenas isso!    

Aguinaldo  

E agora dou um pulo em um só pulo. Fica mais que óbvio que o deputado Aguinaldo Ribeiro (Progressistas) tem uma mente brilhante. Afastou de João Azevêdo, em um só manejo, o vice-presidente do senado. Veneziano Vital do Rêgo (MDB), a senadora Nilda Gondim (MDB),o deputado federal Efraim Filho e o seu pai, ambos filiados à agremiação partidária (União Brasil), o ex-prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSC), que estava praticamente na base governista, e até a possibilidade do clã Cunha Lima vir a apoiar (embora em linhas tênues) Azevêdo.  

 

E agora o governador padece e, para quem tem o poder nas mãos, seus aliados, embora importantes, não garantem uma vitória absoluta no primeiro turno. E aqui não se sabe: quem tem mais força política na Paraíba? O governador ou um deputado federal camaleônico que hoje pode está no Centrão mas, conforme a maré modifica, abraçará Lula jurando votos de amores e fidelidades? Ser ou não ser!  

 

Adriano Galdino  

 

E por último, não menos importante no cenário político da Paraíba, vem o presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Adriano Galdino (Republicanos); político experiente e, como falava meu pai, pessoa de fino trato. E aqui digo, vindo de uma figura de proa da Casa de Epitácio Pessoa. Não é do parlamentar interesse em disputar na chapa majoritária de João Azevêdo, buscando uma vaga para o Senado.  

 

Galdino já deixou tal fato claro, de forma assertiva. Ou a vice-governadoria ou permanece na presidência da ALPB. Uma chapa sem o neto do grupo da Várzea seria menos desgastante para o governador.  

 

E falo sem medo de ser feliz: João, Galdino e o ex-secretário de Saúde do Estado, Geraldo Medeiros (PSB) seriam  a solução, pois todos são leais e compromissados com a atual gestão e suas políticas públicas.  

 

E a conversa termina aqui. Os Ribeiro tocarão suas vidas como empresários e políticos. O que já é óbvio, e seguirão o poder oligárquico herdado ainda na chamada República Velha.               

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