Um tipo de associação em que as legendas preservam autonomia operacional e financeira, mas atuam em bloco no Legislativo e permanecem juntas por, no mínimo, 4 anos, num desenho que precisa ser respeitado tanto no palanque federal quanto nos regionais. Aprovada em setembro de 2021, a modalidade surgiu como resposta à cláusula de desempenho, que cobra dos partidos um piso de deputados federais para ter acesso a recursos públicos e tempo de TV. É o que explica neste episódio a cientista política Lara Mesquita, da FGV, identificando ainda outro fator na origem da ideia da federação: encontrar substituta para as extintas coligações em eleições proporcionais. Na conversa com Renata Lo Prete, Lara enumera semelhanças e diferenças entre coligação e federação, e aponta as duas maiores pedras no caminho desta última: a exigência de “verticalização” das alianças (cronicamente rejeitada pelos políticos) e as queixas, que começam a aparecer, à duração de 4 anos. Direto de Brasília, o repórter da Globo Nilson Klava atualiza as tratativas em curso para compor federações. A mais avançada é a que reúne PT, PSB (ambos reivindicam no TSE ampliar o prazo para concluir as negociações, atualmente fixado em 1º de março), PC do B e PV.
Transcrito do Podcast O Assunto, que é produzido por: Mônica Mariotti, Isabel Seta, Arthur Stabile, Gabriel de Campos, Luiz Felipe Silva, Thiago Kaczuroski e Eto Osclighter. Neste episódio colaborou também: Gustavo Honório. Apresentação: Renata Lo Prete:
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